top of page
Foto do escritorHelena Dezem

Sustentabilidade e luxo: a nova fronteira do consumo consciente

O mercado de luxo abraça uma nova era verde. Com investimentos em agricultura regenerativa e reaproveitamento de materiais, ícones como Gucci e Hermès mostram que sofisticação e sustentabilidade não apenas convivem, mas se complementam perfeitamente.


Campanha da Gucci Continuum | © Gucci / Divulgação


A noção de luxo está passando por uma transformação profunda, na qual a sustentabilidade se tornou um elemento essencial. Consumidores contemporâneos procuram produtos que unam sofisticação e compromisso ambiental, pressionando marcas renomadas a adotar práticas mais responsáveis. Essa mudança é impulsionada por empresas que estão redefinindo o setor de luxo por meio de inovação, circularidade e respeito ao meio ambiente.


Exemplos notáveis são Gucci e Hermès, que mostram como o luxo e a sustentabilidade podem coexistir. A Gucci, por exemplo, lançou a iniciativa Continuum, que reaproveita tecidos de coleções anteriores para criar novos designs, prolongando a vida útil dos materiais e minimizando o desperdício. Além disso, a marca eliminou o uso de peles e, desde 2022, opera exclusivamente com energia renovável, consolidando seu compromisso com uma moda mais consciente. A Hermès, por sua vez, inovou ao introduzir a bolsa Victoria, feita de micélio – uma alternativa de couro derivada de cogumelos – exemplificando como a tecnologia e a responsabilidade ambiental podem ser incorporadas de forma elegante. A marca também investe em oficinas de reparo, promovendo a durabilidade de seus produtos e reforçando a ideia de consumo consciente.


Campanha da Gucci Continuum

Campanha da Gucci Continuum | © Gucci / Divulgação


Bolsa vegana Victoria feita de micélio  Hermès

Bolsa Victoria feita de micélio | © Hermès / Divulgação


O grupo Kering, proprietário de marcas como Saint Laurent e Balenciaga, é um dos líderes dessa mudança. Em 2021, a empresa intensificou seus esforços por meio da criação do programa Regenerative Fund for Nature, que visa restaurar um milhão de hectares com práticas agrícolas regenerativas até 2025. Além disso, o grupo investe em parcerias com startups de biotecnologia para desenvolver soluções sustentáveis e promover a economia circular. Esse modelo prioriza a reutilização de recursos e inovações no processo produtivo, enquanto incentiva a adoção de práticas éticas em toda a cadeia de valor.



O comportamento dos consumidores também desempenha um papel essencial nessa transformação. Gerações mais jovens, como Millennials e Gen Z, valorizam marcas que refletem seus princípios e preferem investir em produtos que garantam qualidade e transparência. Eles exigem que empresas adotem práticas éticas em todos os níveis, desde a escolha de materiais até as experiências digitais oferecidas. Essas demandas têm motivado marcas a integrar a sustentabilidade em suas operações, criando um ciclo virtuoso de inovação e consciência ambiental.


O setor de luxo demonstra que é possível equilibrar tradição e inovação com responsabilidade ecológica. Marcas como Gucci, Hermès e o grupo Kering provam que a sustentabilidade não é uma tendência passageira, mas uma nova norma que redefine o conceito de sofisticação. Ao priorizar materiais inovadores, energia limpa e práticas circulares, essas empresas não apenas atendem às expectativas dos consumidores, mas também reforçam sua relevância no mercado global. Essa transformação inaugura uma era em que o luxo se torna sinônimo de um futuro sustentável, beneficiando o meio ambiente, a sociedade e o próprio setor.


Comments


MAIS RECENTES

LOJINHA

NOSSAS REDES

PLAYLIST

AdobeStock_480263106.jpeg

ASSINE NOSSA NEWSLETTER DE TODOS OS DOMINGOS

Obrigada e até domingo!

bottom of page